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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Plano Infalível

No futebol sempre nos deparamos com expressões para cada tipo de ação. Para entender o funcionamento desse esporte, precisamos estar em dia com o vocabulário dos boleiros.
Todo e qualquer time de futebol trabalha sobre um plano de jogo. O plano de jogo, estipulado pelo técnico, serve para orientar os jogadores dentro do campo e assim realizar de maneira mais precisa e coordenada determinadas jogadas. Para tal atividade, é denominado de Esquema Tático.

O esquema tático é a forma de o treinador escalar e posicionar sua equipe dentro das quatro linhas. Os esquemas podem ser ofensivos (com o intuito de fazer gols), defensivos (aumentar a força na defesa) ou manter um equilíbrio entre os dois.

Escutamos os homens falar em números, mas o que significam esses números? o.O

O esquema é divido em zonas: defesa, meio de campo e ataque.

Se o plano for 3-5-2 leia-se: três jogadores na defesa, cinco no meio de campo e dois atacantes.

Existem diversos tipos de táticas, e o treinador deve adequar de acordo com a necessidade do time (embora tenha cabeça dura por ai que brinca de futebol de botão nessa hora ¬¬).

Tipos de esquemas:

3-3-4 : Nesse esquema são utilizados dois zagueiros e um lateral é deslocado para compor a defesa. O meio campo fica com outro lateral mais na defensiva, o volante na parte central junto de um armador. O outro meia-armador vai para o ataque com os três atacantes.

3-4-3: Três defensores. No meio um lateral avança e o outro fecha o meio campo, um meia avança e o outro espera um possível rebote do adversário. Três atacantes.
Obs: é mais utilizado quando o time está perdendo e o técnico quer colocar mais um atacante e avançar os laterais.

3-5-2: Um dos mais usados, esse esquema destaca bem as funções dos jogadores em campo. Consiste em três atletas na defesa, um meio campo armador, dois volantes, dois laterais avançados sem a obrigação de marcar e dois centro-avantes.

3-6-1: Três na defesa, dois volantes, dois no meio campo, um na lateral direita, um na lateral esquerda e apenas um atacante.

2-3-5: É o esquema mais ofensivo do futebol. Dois zagueiros, três meias ofensivos e cinco atacantes, sendo dois nas pontas, dois segundos atacantes e um centro-avante.
Obs: geralmente é utilizado quando o time precisa meter pressão no adversário.

4-2-4: Quatro defensores, dois meio campo e quarto atacantes.

4-3-3: Quatro jogadores na defesa, três no meio campo (com um ou dois volantes) e três jogadores no ataque (dois pontas e um atacante).

4-4-2: O mais utilizado no futebol atualmente aplica-se com dois zagueiros, dois laterais, quatro jogadores no meio campo e dois atacantes.

• Se vocês forem somar os números apresentados, verão que resultará em 10. Nos esquemas não entram o goleiro, que completa o time com onze atletas.

É isso people... até a próxima...


quarta-feira, 14 de julho de 2010

E volta o Brasileirão...

Sacanagem com os torcedores essa história de paralisação dos torneios nacionais. Agora recolocar as informações em dia com a cachola não é tarefa fácil. Tem gente que não lembra nem a posição que seu time ficou na tabela de classificação antes da Copa. (ver tabela no post “A bola não para”)

A pausa não é exatamente a melhor coisa do mundo para os times em competição. Equipes que saíram na frente perdem em ritmo e clubes que não estavam tão bem adquirem condições melhores. O que não é justo para uns, é oportunidade para outros. Mas já que a parada é inevitável, vamos tentar retomar e processar o que estava acontecendo e ver o que mudou:


Contestado pela ala não torcedora do Corinthians, os gaviões são os líderes do campeonato. Jogadores foram repatriados ao país como Renato Abreu (do Al Shabab-EAU para o Flamengo), Felipe (do Al Saad-QAT para o Vasco), Tinga (do Borussia Dortmund-ALE para o Inter), Rafael Sóbis (Al-Jazira-EAU também para o Inter), Renan (Valencia-ESP - Internacional) e Emerson ‘Sheik’ (do Al Ain – EAU para o Fluminense). Até o treinador pentacampeão do mundo voltou, caso de Luiz Felipe Scolari, que reassumiu o Palmeiras. A dança dos técnicos também movimentou o mercado tendo Atlético Goianiense contratando Roberto Fernandes, Internacional mais uma vez com Celso Roth, Avaí com Antônio Lopes, Ceará com o reforço de Estevam Soares e o Cruzeiro apostando em Cuca.

Atético Mineiro, Grêmio Prudente, Vasco e Atlético Goianiense fazem, até agora, a pior campanha do Brasileiro, sendo o último o lanterna do campeonato. Preocupados com Libertadores da América, Inter e São Paulo oscilam de posições de acordo com os jogos da competição internacional. Grêmio, no meio da tabela, perde Mário Fernandes e depende da antecipação da janela de contratações para definições quanto ao elenco principal. Polêmica envolvendo o goleiro Bruno, desfalca o Flamengo para a retomada do Campeonato Brasileiro, mas os cariocas vêem no jovem Marcelo Lomba a chance de voltar a reinar. Vagner Love também deixou a Gávea e o rubro negro espera por contatos com Ronaldinho Gaúcho. Para suprir a carência inegável em 2010 na lateral direita, Fluminense conta com Beletti para reforçar a posição. Destaque na Copa pelo Uruguai, Loco Abreu retorna para o Bota Fogo que, por enquanto, se classificaria para a Sul-Americana em oitavo lugar.

De básico eras isso people, ao longo dos posts vamos colocando o cérebro para funcionar que tudo volta ao normal.

Até mais girls...





O fantástico mundo da bola

Discutir ou brigar para defender o time do coração faz parte da realidade do amante do futebol. A idéia de que temos mais de 190 milhões de técnicos no Brasil acende a fogueira de polêmicas envolvendo jogadores e clubes. Cada um quer mostrar porque a sua escolha é a melhor.

Não entende como seu namorado ou irmão se frustra tanto com uma derrota do seu time ou o quanto seu pai fica insuportavelmente feliz quando seu clube é campeão? Experimente absorver toda essa adrenalina vivida em torno da bola de 70cm de circunferência. Acompanhe cada passo do seu time e aposte todas as suas fichas nele. Vibre com toda a intensidade do mundo a cada vitória dos atletas de sua bandeira. Vá a uma decisão de campeonato em um estádio lotado pelo menos uma vez na vida. Pinte a cara das suas cores e se farde dos pés a cabeça com o manto sagrado da sua equipe. Xingue o juiz, o bandeirinha, o narrador, o adversário e até mesmo o vendedor de amendoins que passou na sua frente bem na hora do gol. Não existem regras para expressar a paixão nacional, apenas condutas de bom comportamento.
O futebol é inegavelmente a ação que mais balança com o emocional da maioria dos brasileiros. Em muitos países do mundo, a magia desse fantástico mundo da bola é capaz de proporcionar momentos de grandes alegrias e profundas tristezas. Um derrota pode ser fatal e uma vitória de valor colossal.

Existem muitos tipos de apreciadores do esporte, mas a corneta é livre e rola solta. Nada melhor do que acordar após um dia de Grenal e cartolar a conquista para o time rival. Nada pior do que na segunda-feira após o maior clássico gaúcho ouvir piadinhas sem graça (sem graça para quem perde) de torcedores chatos se vangloriando por terem vencido. Que delícia uma tarde em um bar de Ipanema discutindo qual é o melhor: Flamengo ou Vasco? Que bom deve ser um sábado no parque de blábláblá sobre a rixa entre palmeirenses e corinthianos. Bahia e Vitória, Figueirense e Avaí, Campinense e Treze de Pernambuco... Não importa de onde é o time, a qualidade ou a tradição. A língua afiada é a principal companheira do esporte praticado pelos pés... e cá entre nós, é demais tudo isso. Um salve aos ingleses mais uma vez.

A bola não para

Acabou-se a Copa, mas o futebol não para no mundo. Voltam as competições nacionais e continentais para o alívio de muitos fanáticos.

Dando continuidade as postagens educativas do meio futebolístico, citarei os principais campeonatos que rolam por ai. Como hoje o Campeonato Brasileiro está de volta, começaremos pelo principal torneio do país.

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O Campeonato Brasileiro, ou Brasileirão, define o campeão nacional e os representantes para as competições sul- americanas. É disputado por 20 equipes em turno e returno (todos os times jogam entre si duas vezes) e substituiu a antiga Taça Brasil.

Ao longo dos anos, o Brasileirão foi sendo remodelado e ajustado, tendo tomado o formato atual somente em 2006. A padronização do campeonato mudava a cada ano e começou com o modelo eliminatório. O órgão que rege e regulamenta a disputa é CBF (Confederação Brasileira de Futebol), que oficializou o padrão de pontos corridos como classificatório.

Os jogos são classificados com pontos de acordo com as performances dos times. Uma vitória rende a equipe três pontos na tabela, um empate apenas um ponto e uma derrota nenhum. Ao final do campeonato, o time que tiver o maior número de pontos ganha e os quatro últimos colocados são rebaixados a série B do campeonato. Os quatro primeiros disputam a Copa Libertadores da América, principal torneio continental de clubes, e do quinto ao décimo segundo lugar, a Copa Sul Americana. Como exemplo vamos ver a tabela atual (após a parada para a Copa do Mundo):

Os times destacados em verde são os classificados para a Libertadores, os azuis para a Sul-Americana e os em amarelo os rebaixados.

Obs: quem estiver entre a décima terceira e décima sexta colocação não fede nem cheira.


A cada rodada são disputados 10 jogos. São realizadas duas rodadas por semana, sendo uma as quartas e quintas-feiras, e outra aos sábados e domingos.

Como disse antes, a bola não para e após a parada para a Copa do Mundo da África, os times brasileiros estão novamente de cabeça no Brasileirão. Alguns mais preocupados com Libertadores, que está em fase final com dois clubes brasileiros ainda no páreo, mas sobre esse campeonato eu falo depois...

Bjo Bjo meninas...


sexta-feira, 9 de julho de 2010

A Copa do Mundo está chegando ao fim

É amigas... a Copa do Mundo está chegando ao fim. Uma copa diferente das quais estávamos acostumadas, marcada por diversas surpresas. A edição africana de 2010 apresentou seleções com títulos mundiais eliminadas logo na primeira fase da competição, como Itália e França. A Squadra Azurra, que defendia o título de 2006 e a França, que desencadeou uma crise em meio as tantas baixarias de sua delegação e voltou para casa mais cedo. Em contrapartida, equipes que foram pouco cogitadas mostraram seu valor, tais como Paraguai e principalmente o Uruguai.


'Todos juntos por um novo sonho em azul': a frase ficou irônica no ônibus da França

Nas quartas de final, mais polêmicas. As seleções rivais Brasil e Argentina morreram abraçadas nas eliminatórias. O Brasil foi despachado pela surpreendente Holanda de Robben, e nossos hermanos levaram quatro da poderosa Alemanha que, até as semi-finais, era vista como favorita ao título.

A seleção alemã, mesmo com sua rica trajetória em mundiais, foi para a África desacreditada. Contusões e seguidos problemas no elenco fizeram com que torcedores da terra do chucrute não depositassem tanta confiança na equipe. Mas, como sempre, provou seu objetivo com as precisas atuações de Klose (atacante que joga no Bayern de Munique), assim como a surpresa Ozil (meia do Werder Bremen). Os alemães golearam três seleções pelo placar de quatro gols sendo, talvez, o futebol mais atraente do mundial, mas não esperavam pela Espanha de David Villa.

Após a derrota para  Espanha, alemães deixam o estádio com semblante fechado

A Espanha surpreendeu. Nas rodas de bate papo poucos ousaram arriscar seu nome para a grande final. Equipe de jogadores capacitados tecnicamente, a maioria atuantes de times europeus, mas pouco vitoriosa em sua história. Mesmo sem curriculum, os espanhóis não quiseram conversa e com um gol do zagueiro Puyol de cabeça, decretou a vitória por 1 a 0.



Uma final entre duas seleções que nunca levantaram a taça. A final deste domingo entre Holanda e Espanha será lembrada como o duelo dos improváveis. Um bom jogo para ser visto e admirado pelos apreciadores de um bom futebol. Equipes ofensivas e objetivas. Pela primeira vez uma final entre times europeus longe da Europa.




Que vença o melhor...
e eu não digo quem é meu favorito dessa vez...


Olé...